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Foto do escritornavegaradescoberta

Recolhe a âncora, faz-te ao mar…

Caminhada (08.08.2020)



Arlissa - I Surrender (Instrumental)


No início desta caminhada vamos realizar um exercício que te vai ajudara sentir Deus através dos sentidos.


Em primeiro lugar, sente os pés, os sapatos que os envolvem ou o chão que os apoiam… Sente como é bom percorreres este caminho…

Em segundo lugar, observa a paisagem que te rodeia, vê como é bela a criação de Deus…


Aproveita este momento e regista o que vês através de uma fotografia. Partilha-a nas redes sociais e coloca o hashtags #acr #navergaradescoberta.


Depois de veres a beleza da criação, pratica um pouco do que fizeste ao acordar, inspira e expira, sentindo os cheiros que te envolvem…


Envolvido nesta tranquilidade que começas a sentir ouve, sente este som que te ajuda a serenar e aceitar o que Deus te quer dizer…


Trouxeste um pouco de água ou algo para comer, então aproveita este momento para saborear…


Agora que já te sentes mais próximo de Deus… escuta esta passagem do Evangelho segundo São Mateus 17, 14-20


Tendo ido para junto do povo, aproximou-se de Jesus um homem que se lançou de joelhos diante d’Ele, dizendo: «Senhor, tem piedade de meu filho, porque é lunático e sofre muito; pois muitas vezes cai no fogo e muitas na água. Apresentei-o aos teus discípulos e não o puderam curar». Jesus respondeu: «Ó geração incrédula e perversa, até quando hei de estar convosco? Até quando vos hei de suportar? Trazei-mo cá.» Jesus ameaçou o demónio e este saiu do jovem, o qual, desde aquele momento, ficou curado.

Então, os discípulos aproximaram-se de Jesus, em particular, e disseram-Lhe: «Porque não pudemos nós lançá-lo fora?» Jesus disse-lhes: «Por causa da vossa falta de fé. Porque na verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: “Passa daqui para acolá” e ele passará, e nada vos será impossível».

O que te quer transmitir Jesus através desta passagem? Será que és como os discípulos de Jesus? Embora sigas os ensinamentos D’Ele, ainda não deste aquele passo da TOTAL CONFIANÇA.

Conheces a árvore do grão de mostrada? É uma árvore que, embora tenha uma semente com cerca de 2 milímetros, se transforma numa das maiores árvores com aproximadamente 3 metros de altura.


Porém, Jesus confia tanto em Deus que acredita ser possível mover uma árvore tão grande como a de um grão de mostarda. O Evangelho de Mateus, também, nos mostra que Jesus vivia em plena harmonia com a criação, para grande espanto dos outros que referiram: «Quem é este, a quem até o vento e o mar obedecem?» (Mt 8, 27).

Na tradição judaico-cristã, dizer «criação» é mais do que dizer natureza, porque tem a ver com um projeto do amor de Deus, onde cada criatura tem um valor e um significado. A natu­reza entende-se habitualmente como um sistema que se analisa, compreende e gere, mas a criação só se pode conceber como um dom que vem das mãos abertas do Pai de todos, como uma reali­dade iluminada pelo amor que nos chama a uma comunhão universal.

Se nos aproximarmos da natureza e do meio ambiente sem esta abertura para a admiração e o encanto, se deixarmos de falar a língua da fraternidade e da beleza na nossa relação com o mundo, então as nossas atitudes serão as do dominador, do consumidor ou de um mero explorador dos recursos naturais, incapaz de pôr um limite aos seus interesses imediatos. Pelo contrário, se nos sentirmos intimamente unidos a tudo o que existe, brotarão de modo espontâneo a sobriedade e a solicitude.

Também, através desta passagem Jesus nos mostra que Deus, a humanidade e a natureza estão interligados.

Ouvimos, novamente, esta passagem do Evangelho segundo São Mateus 17, 14-20.


Tendo ido para junto do povo, aproximou-se de Jesus um homem que se lançou de joelhos diante d’Ele, dizendo: «Senhor, tem piedade de meu filho, porque é lunático e sofre muito; pois muitas vezes cai no fogo e muitas na água. Apresentei-o aos teus discípulos e não o puderam curar». Jesus respondeu: «Ó geração incrédula e perversa, até quando hei de estar convosco? Até quando vos hei de suportar? Trazei-mo cá.» Jesus ameaçou o demónio e este saiu do jovem, o qual, desde aquele momento, ficou curado.

Então, os discípulos aproximaram-se de Jesus, em particular, e disseram-Lhe: «Porque não pudemos nós lançá-lo fora?» Jesus disse-lhes: «Por causa da vossa falta de fé. Porque na verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: “Passa daqui para acolá” e ele passará, e nada vos será impossível».

Arlissa - HeartsAin'tGonna Lie (Instrumental)


Na encíclica Laudato Si o Papa Francisco propõe-te uma conversão ecológica, que comporta deixar emergir, nas relações com o mundo que te rodeia, todas as consequências do encontro com Jesus.


Esta conversão comporta várias atitudes que se conjugam para ativar um cuidado generoso e cheio de ternura. Em primeiro lugar, implica gratidão e gratuidade, ou seja, um reconhecimento do mundo como dom recebido do amor do Pai, que consequentemente provoca disposições gratuitas de renúncia e gestos generosos, mesmo que ninguém os veja nem agradeça. Implica ainda a consciência amorosa de não estar separado das outras criaturas, mas de formar com os outros seres do universo uma estupenda comunhão universal. O crente contempla o mundo, não como alguém que está fora dele, mas dentro, reconhecendo os laços com que o Pai nos uniu a todos os seres. Além disso a conversão ecológica, fazendo crescer as peculiares capacidades que Deus deu a cada crente, leva-o a desenvolver a sua criatividade e entusiasmo para resolver os dramas do mundo, oferecendo-se a Deus «como sacrifício vivo, santo e agradável» (Rm 12, 1).


Ou seja, a conversão ecológica começa dentro de ti… Ao agradeceres o alimento que tomas todos os dias, as paisagens que contemplas, o dom da família e da amizade… Através da gratidão chegas à gratuidade que implica saborear mais e viver melhor cada momento deixando de querer debicar aqui e ali, sempre à procura do que não tens, e experimentar o que significa dar valor a cada pessoa e a cada coisa, aprender a familiarizar-te com as coisas mais simples e a saber alegrar-te com elas.


A seguir é necessário, tomares consciência de que tudo está interligado. Tu és parte da Natureza e ela é parte de ti, de cada ser humano. Por exemplo São Francisco: uma renúncia a fazer da realidade um mero objeto de uso e domínio. Ele vivia com simplicidade e numa maravilhosa harmonia com Deus, com os outros, com a natureza e consigo mesmo. Não é por acaso que São Francisco, no cân­tico onde louva a Deus pelas criaturas, acrescen­ta o seguinte: «Louvado sejas, meu Senhor, por aqueles que perdoam por teu amor». Tudo está interligado. Por isso, exige-se uma preocupação pelo meio ambiente, unida ao amor sincero pelos seres humanos e a um compromisso constante com os problemas da sociedade.


Por fim, é hora de AGIR e ofereceres aos teus irmãos e à tua irmã Natureza os dons que Deus te deu. Seja, porque, és criativo e arranjarás uma forma de tornar a tua terra mais ecológica; seja, porque, és um bom orador e consegues através das tuas palavras implicar os outros na conversão ecológica.


Aproveita este final de caminhada para contemplar e agradecer a criação…


E refletir como através dos teus dons podes fazer, verdadeiramente, parte dela.


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